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Procissão do Fogaréu

 

PROCISSÃO DO FOGARÉU


            A Procissão do Fogaréu acontece anualmente durante a Semana Santa na Cidade de Goiás, antiga capital do Estado de Goiás. É uma festa que foi retomada na década de 1960 por iniciativa de membros da Organização Vilaboense de Artes e Tradições – Ovat. Contam seus organizadores que no início foi difícil organizar tal festejo, pois não havia um número regular de participantes e as despesas eram grandes. Hoje a Ovat possui  um guarda-roupa permanente, o que facilita o quesito dos preparativos. Outros benefícios são as ajudas externas e a grande exposição de tal festa junto à mídia.

            Atualmente participam da Procissão do Fogaréu quarenta homens que se fantasiam de Farricocos,  sendo estes a atração maior da celebração festiva que percorre ruas e becos da antiga Vila Boa de Goiás. As indumentárias são simples, mas de grande efeito visual, compondo-se de túnicas retas e de mangas compridas com uma faixa branca amarrada à cintura, fazendo contraste com as vestes em vermelho, amarelo, azul escuro, roxo, verde escuro, laranja dentre outras cores. Há apenas um Farricoco que usa túnica branca, sendo sua faixa vermelha. Ele é o responsável por carregar o estandarte com o rosto de Cristo e possui lugar de destaque à frente dos demais.

            No início da noite de quarta-feira da Semana Santa, o grupo se reúne em frente ao Museu da Boa Morte, no centro da cidade, para ensaiar o trajeto da Procissão. Elder Camargo de Passos é quem realiza este trabalho desde a reimplantação desta festa, mas hoje já conta com o apoio de seu filho. Terminado o ensaio o grupo retorna ao Quartel do Vinte para as últimas informações. Há uma chamada e os presentes recebem uma camiseta da Procissão do Fogaréu – passaporte para entrar no Quartel momentos antes da Procissão.

            Por volta das 22 horas chegam as pessoas que vão se aprontar de Farricoco e poucos minutos antes da meia-noite a turma, já com as vestimentas, dirige-se para a porta da igreja/museu da Boa Morte, junto com uma banda que dará ritmo à caminhada. As luzes da cidade são apagadas e turistas e demais participantes recebem tochas. A Procissão se desloca  passando pela ponte sobre o Rio Vermelho em frente à Casa de Cora Coralina e chegando à igreja do Rosário, onde há a primeira parada, em seguida caminham por entre ruas e becos até chegar à igreja de São Francisco onde o bispo faz uso da palavra. Em frente, na Casa do Iphan ,reúnem-se autoridades, por entre os Farricocos, para assistir à cerimônia. Após o término da pregação, a Procissão volta para seu ponto de partida na Boa Morte e ali é finalizada. Os Farricocos retornam ao Quartel do Vinte onde guardam as indumentárias.

            No fim da tarde há apresentação de uma escola local em que as crianças simulam a Procissão do Fogaréu na Praça do Coreto. Este e mais alguns detalhes da Procissão do Fogaréu estão expostos em imagens capturadas - por João Guilherme da T. Curado - na noite de quarta-feira, dia 19 de março de 2008.

 

Texto:

João Guilherme da T. Curado,

Tereza Caroline Lôbo.

 

É permitida a cópia de fotos, desde que seja citada sua fonte, atribuindo os créditos ao devido autor do álbum.

 

CLIQUE NAS FOTOS PARA AMPLIÁ-LAS

Ensaio da Procissão do Fogaréu - início da noite

Tochas a serem carregadas pelos Farricocos

Banda que acompanha e dá ritmo à Procissão do Fogaréu

Últimas orientações aos Farricocos

Saída dos Farricocos do Quartel do Vinte

Farricocos a caminho do Museu da Boa Morte para início da Procissão

As luzes da cidade são apagadas para a Procissão

Visitantes recebem tochas menores para iluminar o trajeto da Procissão

As tochas dos Farricocos são acesas

Início da Procissão

A Procissão pelas ruas de Goiás

Parada na Igreja do Rosário - assédio da imprensa

Parada na igreja de Sâo Francisco

As luzes da Procissão em contraste com a escuridão da cidade

 

De volta à porta do Museu da Boa Morte

 

Mais uma vez o estandarte é mostrado - fim da Procissão

O estandarte é carregado pelo único Farricoco que veste-se de branco

A devolução das tochas pelos Farricocos no Quartel do Vinte

 

As tochas dos visitantes são recolhidas por universitários

No fim de tarde, antes da Procissão, crianças realizam encenação dos Farricocos mirins..

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